MOÇAMBIQUE - Um mercado ainda aberto
Esse povo
que fala português, merece especial atenção de nossos exportadores.
Tudo o que
vem do Brasil é tratado com um carinho a mais.
De
população pobre, recebe atualmente empresas europeias, principalmente as
portuguesas, chinesas e também empresas brasileiras, interessadas em criar uma
infraestrutura ainda pouco presente.
No passado
recente, Angola concentrou a atenção dos investidores e hoje encontra-se perto
da saturação.
Moçambique
é a bola da vez.
Uma simples
passada pelas ruas da capital Maputo, pode nos mostrar a quantidade de gruas e
novas construções que por lá existem, bem como o forte comércio informal
espalhado pelas calçadas.
Também
estão presentes grandes redes de supermercados, principalmente Sul Africanas, Portuguesas
e vários mercados atacadistas.
Destes
mercados atacadistas saem os produtos que serão vendidos nos chãos das calçadas
de Maputo. Os comerciantes realizam as
compras nesses mercados e a alguns metros dali, estendem toalhas nos chão onde
expõe seus produtos. E o movimento é
impressionante.
Como a
indústria do país é quase inexistente,
alimentos e produtos de higiene pessoal são importados. São produtos
básicos e baratos como massas, chocolates, sabonetes, etc....
Já nas
grandes redes de supermercados, pode-se encontrar produtos de melhor qualidade.
Frequentam esses supermercados os moçambicanos que possuem um pouco mais de
renda e os estrangeiros presentes no país, funcionários da construção civil,
embaixadas e bancos. A mão de obra das multinacionais que enxergam no país a
oportunidade de fixarem-se e colherem os frutos nos próximos anos.
Os
Moçambicanos, tanto homens como mulheres são bastante vaidosos e grandes
consumidores de produtos cosméticos.
A maior
parte da população é muçulmana, portanto bebidas alcoólicas não estão inseridas
nos projetos de importação deles.
Grandes
consumidores de novelas brasileiras, roupas e bijuterias de nosso país são
bastante apreciados por lá. Porém, as Moçambicanas são assíduas frequentadoras
da 25 de Março em São Paulo, onde chegam com as malas vazias e retornam
carregadas de mercadorias para revender por lá. Sendo assim, a nossa indústria de roupas e
bijuterias tem poucas chances de sucesso.
Moçambique
passou por duas guerras que dizimaram o país. Uma contra os portugueses e a
outra civil.
Hoje o país
está levantando aos poucos. Com expressivo crescimento anual em torno de 8,5%
do PIB, apresenta grandes oportunidades para os estrangeiros que quiserem apostar
em uma boa recuperação nos próximos 5 ou 10 anos.