quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

A necessidade dos acordos de livre comércio

Com a economia mundial em um momento delicado, os últimos anos apresentaram uma explosão de acordos bilaterais.

A redução de restrições tarifárias e não tarifárias, estimula o fluxo de comércio dentro do bloco. Privilegia os produtos do país parceiro em detrimento de produtos provenientes de outros mercados e favorece o investimento.

O Brasil vem demonstrando quase nenhum empenho nesse sentido.

Desde 1991 fechou apenas três acordos bilaterais:  Israel, Palestina e Egito. Porém somente o acordo com Israel está em vigor (Desde Abril de 2010).  Somam-se aí 23 anos de tempo perdido.

Apenas como ilustração, os Estados Unidos tem em vigor 14, enquanto a UE tem 32.
Sem esses acordos, nossos produtos tendem a ser preteridos no mercado mundial em relação aos produtos dos concorrentes pertencentes a um bloco comercial. 

Com o Mercosul dando fracos sinais de vida, o Brasil ensaia acordos com Índia e UE, mas sem uma agenda muito produtiva. Além disso apostou, equivocadamente, suas fichas nas rodadas de Doha, que vem se mostrando infrutíferas.


E enquanto observamos o mundo girar, a nossa indústria agoniza perante o mercado e perde competitividade, o que dificulta o interesse de outros países em formar estas alianças conosco.

Agora O Mercosul e a UE costuram um acordo de Livre Comércio.

Para viabilizar esse acordo, Brasil e Argentina planejam apresentar no início de Junho suas ofertas de redução de tarifas de importação, que segundo os dois governos, se mostrará bastante competitiva. Com essa proposta pretendem iniciar a negociação de uma área de livre comércio com os europeus.

Que nosso governo entenda a importância desse acordo.
Que se empenhe ao máximo para tornar possível aquilo que parece ser uma excelente oportunidade para nosso comércio exterior, mesmo que um pouco tardia.



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